quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Deixa essa merda pra lá


Mas o que deu na cabeça dessa menina pra voltar a escrever numa hora dessa do campeonato!?
Quando não existem conflitos, nem agonia. Quando tudo está estável e encaminhado...
Por onde começar já que existe um pré-começo? (Se é que isso existe, eu não sei.)
Já não me lembro das regras do português, muito menos pontuação correta.
Gostaria de me lembrar como se faz ou como é possível escrever sendo honesta ou vingindo de uma forma bonita.

Já aconteceu com você? Ter um turbilhão de coisas a dizer, se sentir tão aflita pra gritar e na hora só sair um: "porra, deixa essa merda pra lá!"?
Eu podia mesmo deixar essa merda pra lá, mas mesmo assim quero continuar.

E a vida? A vida tá aqui. Trabalho, um amor confortável, comida na mesa e uma gatinha de estimação.
Se tá tudo bem? sim sim.. Como, durmo, faço sexo, tomo a minha cerveja e tenho acesso a internet.
Mas e a tal felicidade descritas no livro?
É só ficção.
Como tudo na vida é, e sempre será até o fim.

E fim.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Flor no limbo?

Esconder a tristeza num lugar tão fundo que nem em pensamento é possível chegar até lá.
Relevar essa ou aquela coisa que não foi boa ou por algum motivo te fez chorar, e apenas levar em consideração o que foi e/ou está sendo bom.
Tomar um banho de água bem fria pra tentar diferenciar sonho de realidade e passado de presente.

Volta e meia se assustar por conseguir sorrir e encher os olhos de lágrimas fictícias por se sentir (muito) bem, mesmo estando em um pseudo-limbo.
Vida que nos passa a rasteira e nos arranca os braços... Quem poderia imaginar que nasceria uma flor tão linda do praticamente lodo!

domingo, 9 de outubro de 2011

Frio

Perder o seu tempo com todas as coisas do mundo pra tentar tirar uma única da cabeça.
Perceber que nem esse tempo é capaz de apagar ou amenizar nenhuma ferida, nenhuma.
Ás vezes dói menos, ás vezes parece simples se destrair com um copo na mão...
Quando nem o pôr do sol, nem o sorriso de uma criança te fazem lacrimejar por estar feliz.
Tudo vai mal, até que algo acontece e muda toda a sua vida (de uma forma figurada), como um conto de fadas, sem fadas nem final feliz. E onde fica o final? Ninguém quer saber..
Perdas, perdas, ganhos, perdas. Se mover dói tanto quanto reclamar de braços cruzados.
Por mais quente que possa estar, os dedos e boca ficam congelados pelo frio que sente por dentro. Um agasalho chamado amor. Seja pela vida, por um copo na mão, por um sorriso específico, por respirar e seguir em frente.. Mas faz tanto frio.
Foca o olhar pela janela, vê que tudo em volta continua caminhando em uma velocidade ás vezes assustadora, enquanto do lado de dentro está parado, mofado e confortável.
Olha pra dentro de si, de coração e olhos fechados. O final se parece com o começo. Sem final.
Nem triste, nem feliz.. é só o final. Frio e confortável como o lado de dentro.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ninguém tem culpa

Mania que a vida tem de nos surpreender a todo tempo...

Quando tudo parece estável e tranquilo (ou pelo menos é o q se pensa), alguém vem e chuta a sua porta.
Não se identifica nem pede licença. Só chega, chuta a porta e acaba com a sua tranquilidade de viver uma vida estável (estabilidade essa que te faz abrir mão de quem você é pra quem deveria ser).
O tal chute que até então era na porta, se estende á sua vida num todo. Relacionamento, emprego, família, escritos, expressões... E mesmo assim, consegue fazer com que sinta a felicidade que até então só se sabia por livros românticos exagerados.
Conflitos contínuos entre razão e emoção são tão comuns quanto se perguntar que direito a vida tem de deixar que alguém chegue sem pedir licença.
Mas pra nossa sorte (ou não) a razão sempre perde, e o emocional grita tão alto que nos ensurdece.
(...)
Palavras certas nas horas certas, sorriso imaginário que contagia quem está por perto, sentir-se bem por saber da existência do outro. Simples e complexo.
Deixar de lado a prática de outros pra viver a sua própria, e não se arrepender por deixar a máscara cair.
O que vier (se vier) depois disso, é só complemento. Complemento que facilitará diferenciar realidade de sonho.
Ninguém tem culpa. Porque se soubéssemos quem vai nos chutar a porta e quando vão chutar, não teria graça nenhuma.
E que seja assim até que enjoemos um do outro.

Ps. Eu te amo

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A moça que roubou as estrelas do céu pra si, e mesmo assim se acha no direito de questionar a tal procura pelo amor. E diz que é só um questionamento simples já que faz da prática de outros a sua própria por quase todo o tempo.
Uma hora percebe que o que vai volta, e mesmo sem esperar a reciprocidade acontece por uma frase dita sem pensar. Mas o tal amor é racional? Tem como decidir a hora e a quem amar?
Palavras interpretadas ao pé da letra e confundidas com o não-óbvio.
A velha nova teoria que diz que amar é não enjoar, e talvez isso seja suficiente.

terça-feira, 15 de março de 2011

O conforto de estar triste

Imagine uma cama grande com lençóis brancos, vários travesseiros também com fronhas brancas...
Meia luz, temperatura agradável e uma música calma de fundo...Você está deitado nela com um bom livro em mãos, uma xícara de café e algumas lágrimas nos olhos.
Estar triste é tão confortável quanto essa situação.
Não importa muito a causa ou motivo, porque se sentir triste é muito mais que um estado... é uma condição.
Pode durar um dia, duas semanas ou a vida toda...
Entre idas e vindas e idas, sempre vai fazer falta o conforto e plenitude de estar triste.
Ás vezes as lágrimas não são necessárias, desespero e dor fisica se tornam detalhes que aparecem tão esporadicamente quanto a falta que faz se sentir assim.
Pessoas tristes tendem a se sobressair na multidão... Porque válvulas de escape são mais eficientes/criativas quando se sabe de fato o significado da palavra válvula de escape.
Há os que dizem que a melancolia é um passo para a genialidade (ou para a loucura).
Mas... quando acontece de querer sair do conforto da cama macia com lençóis e travesseiros também brancos, é um passo tão complexo quanto apreciar tal conforto.
Como qualquer mudança é sempre difícil e dolorida... Você respira, escreve e tenta se convencer de que são apenas palavras ditas num momento frágil, e que vai conseguir se levantar sem derramar a xícara de café e as lágrimas que estão nos olhos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Eu, por ela.

Você é a menina metida, divertida atrapalha e medrosa
Ai de quem duvidar de sua força. Mulher às vezes menina bondosa
Mulher guerreira, mulher que às vezes é homem, feminina em sua posição
Fala tudo que pensa mesmo às vezes não tendo a menor razão...
Menina enrolada, que sonha e finge não sonhar.
Mulher que morre de medo de amar...
Menina que se diverte aos goles para esquecer os pesadelos
Mulher que pinta e corta os cabelos...
Menina que brinca de dizer verdade, se bem que às vezes se obriga a mentir
Mulher que não tem vergonha de sorrir, tão pouco de assumir...
Menina desastrada e encantadora sempre
Mulher que não tem medo do que vem pela frente
Menina que se esconde atrás de uma capa imensa
Mulher que se revela sem pedir licença
Menina na beira da piscina que mergulha para vencer
Mulher que se é por se só, com medo, mas não por isso covarde, e é assim até o amanhecer
Menina cegueta atrás dos óculos esconde a alma e se mostra tão pura
Mulher que sonha em encontrar alguém para descobrir se é realmente tão dura...
Menina sonhando em ser mulher um dia
Mulher que vive lembrando, dos tempos de alegria

(Kati. Martins)